Obrigado Levado ao(s) Extremo(s)

Hoje, dia 4 de maio, chega ao fim o Gap Year Levado ao(s) Extremo(s). 3 continentes, 22 países, 20 lugares património Mundial da UNESCO e muitas aventuras depois, estamos de regresso a Portugal, o nosso país preferido.

Ajudar crianças, andar à boleia, viver no deserto, passar o Natal com uma família desconhecida, tomar banho no Oceano Índico, viver sem água canalizada e eletricidade, fazer couchsurfing, conhecer pessoas com histórias de vida inspiradoras, dormir no chão, andar num chapa com 25 pessoas, comer com as mãos, cozinhar, tomar banho ao balde, cozer e lavar roupa à mão, foram algumas das experiências únicas que vivemos ao longo desta viagem.

Na última etapa encetámos um inesperado e alucinante périplo pela Europa, onde chegámos mesmo a acordar num país, almoçar noutro e ir dormir ao seguinte, a um ritmo cansativo, mas obviamente entusiasmante!

Terminada toda esta jornada é hora de fazer um balanço final. Voltamos pessoas diferentes. Mudámos a nossa maneira de ver o Mundo e sentimo-nos mais maduros.

Passámos fome. No presente, valorizamos mais a comida e deixámos de ser “esquisitinhos”.

Estivemos em países inseguros. No presente, valorizamos a segurança.

Andámos em chapas. No presente, valorizamos os nossos transportes públicos.

Estivemos longe da família. No presente, valorizamos mais os nossos ente queridos.

Vivemos sem água canalizada. No presente, valorizamos o “abrir uma torneira”.

Sofremos com a humidade desgastante e as elevadas amplitudes térmicas. No presente, valorizamos o nosso clima.

 *

Depois do contacto com pessoas, culturas e conceitos de felicidade tão diferentes, precisamos de menos para sermos felizes. Acabamos por relativizar os problemas, porque, afinal, estamos no paraíso!

Depois de termos vivido a experiência da nossa vida, não podemos deixar de agradecer à Fundação Lapa do Lobo, que financiou e apoiou este projeto incondicionalmente!

Devemos também um agradecimento especial a todos os seguidores da nossa viagem. Muito obrigado por todos os comentários e palavras de apoio! Sem vós teria sido muito mais difícil superar os maus momentos e esperamos que também vocês tenham gostado de viajar connosco.

UM ETERNO OBRIGADO! Até à próxima aventura!

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Balanço Gap Year Levado ao(s) Extremo(s)

Fantástica. É a palavra que eu escolho para descrever a aventura estrosférica que estou a viver.

Tudo começou à sensivelmente três meses, quando eu e dois amigos partimos para aquele que seria o maior desafio das nossas vidas: 1 mês a viajar pela Europa e 5 meses a viajar por África. Já passámos por países como Espanha, Gibraltar, Marrocos e África do Sul e, em todos eles, tivemos experiências inolvidáveis. Cozer a minha própria roupa, lavá-la à mão, comer sem talheres, andar à boleia, andar de camelo no deserto passar o Natal com uma família desconhecida são alguns dos muitos exemplos que tenho para dar.

Neste momento, estamos em Moçambique naquele que, para mim, é o ponto mais marcante de todo o périplo: o voluntariado. Ajudar os outros (neste caso, crianças órfãs) é algo mágico. Existe uma partilha de conhecimentos e experiências que nos fazem ver o mundo com outros olhos; torna-nos pessoas melhores. O simples facto de constatarmos que eles necessitam de tão pouco para estrem felizes contagia-nos, fazendo com passemos a designar determinados bens como supérfluos ou “coisa de ocidental”.

O “berço da humanidade”, nome pelo qual é conhecido o continente africano, não tem parado de me surpreender e tenho a certeza que, até ao fim da viagem, muito mais está para vir…

Vejam as nossas fotos, vídeos e relatos em www.levadosaoextremo.tk e www.facebook.com/gapyearlevadoaosextremos.

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Fora do normal

Os últimos tempos foram de muita pesquisa e reflexão. Tive nas minhas mãos matéria sobre a qual me debrucei profundamente para poder decidir o meu futuro pelo melhor dos caminhos.

Na nossa sociedade está ainda muito vincado um percurso que as pessoas julgam ser o mais correto na vida de um(a) jovem. Concluir o 12º ano, entrar na universidade, concluir licenciatura e/ou mestrado e ingressar o mundo do trabalho são as várias etapas desse percurso.

Após ouvir e ler muitas histórias de pessoas que tiveram e têm sucesso na vida decidi romper com este conceito. Decidi fazer um “gap year”, ou seja, apesar de ter entrado em engenharia aeroespacial optei por não me matricular. Vou então fazer uma pausa nos estudos e vou viajar durante cerca de 30 semanas pelo continente africano, onde ganharei competências e capacidades que a universidade não me fornece mas que, ao mesmo tempo, irão ser fundamentais no meu futuro tanto pessoal como profissional.

Preciso de agradecer à minha família e especialmente à Mané, a minha namorada, que sempre me apoiaram e me incentivaram a aceitar este GRANDE desafio. De agradecer também à Fundação Lapa do Lobo pelo seu crucial contributo, financiando na totalidade esta aventura estratosférica.

Mais novidades sobre o gap year serão dadas brevemente. Estejam atentos. Até já!

Think different

Citação

Here’s to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can quote them, disagree with them, glorify or vilify them. About the only thing you can’t do is ignore them. Because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.jOBS

Incertezas da vida

Momentos de angústia.

De acordo com os padrões atuais em Portugal, terminado o ensino secundário, os jovens devem ingressar no ensino superior, conseguir um “canudo” e começar a trabalhar.

Infelizmente, o sistema de ensino neste país está, a meu ver, muito mal estruturado. A forma rígida como os conhecimentos são despejados e a excessiva carga horária com que os alunos são premiados impossibilita-os de terem novas experiências profissionais. Eu sinto que não tenho maturidade suficiente para, aos 18 anos, decidir o que, supostamente, irei fazer para o resto da vida. Eu sei que isto não se constitui como uma regra, mas certo é que se eu tirar, por exemplo, economia e ao ser confrontado com o mercado de trabalho concluir que o que eu pretendo mesmo fazer é montar aviões, irei estar em absoluta desvantagem para aquelas pessoas que já o tinham percebido e portanto já têm formação para tal.

O que pretendo dizer é que o próprio sistema de ensino deveria fornecer aos jovens experiências várias que lhes permitissem experienciar novas áreas para assim poderem estar mais bem preparados para tomarem uma decisão tão importante como é a escolha do curso superior.

No meu caso, estou indeciso entre engenharia aeroespacial ou engenharia eletrotécnica e de computadores, ambas no IST, mas não sei como decidir. Sinto-me angustiado porque vejo o tempo de candidatura a escassear e a dúvida a persistir… Como vou resolver este problema? Para já ainda não sei, mas espero até dia 9 de agosto ter uma resposta.

Daring Project

993616_672739892741723_1451857147_nEsta foi uma semana de loucos! Levantar às oito da manha, deitar às três da manha do dia seguinte, sempre a trabalhar em projetos pessoais e coletivos a um ritmo alucinante graças à motivação que esta maravilhosa equipa me conseguiu incutir. Incrível!

Inicialmente pensei que seria uma semana em que iria trabalhar com uma equipa com um programa rígido e pouco flexível, em que os conhecimentos relativos ao tema, empreendedorismo, seriam como que “despejados” como acontece na nossa vida escolar. Mas enganei-me, e ainda bem.

Esta semana foi incrivelmente fantástica! As atividades que desenvolvemos, as conversas que tivemos, os conselhos que se trocaram e sobretudo os laços que se estabeleceram, foram extraordinários.

Esta equipa proporcionou-me, e penso que a todos os meus colegas também, momentos que me permitiram crescer bastante individualmente, mudando a minha forma de encarar e resolver problemas, mas também coletivamente, pois ficou bem clara a extrema importância de uma boa equipa para se alcançar o sucesso.

Em primeiro lugar gostava de agradecer à Lina Figueira pela partilha de experiência, de maturidade e de conhecimentos que me proporcionou, ao João Remondes, (tens o dom da palavra João, falas mesmo bem!) pela ajuda que me deu tanto em projetos que estavam a ser trabalhados no evento como em projetos paralelos, e por fim ao Davis (“o técnico é fiche”) que me ensinou de forma simples e eficaz como definir uma boa estratégia de negócio nas suas diversas vertentes. Davis, não te vês livre de mim assim tão facilmente, até daqui a 2 meses!

Para terminar quero também agradecer à Fundação Lapa do Lobo pela oportunidade de crescimento que proporcionou a todos os jovens desta região e quero agradecer também à Sónia, à Isabel e à Arminda, toda a disponibilidade e amabilidade com que nos acolheram nas instalações da FLL.

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Mudar Portugal

Hoje em dia vivemos num mundo/numa sociedade de desafios.

Para mim, na vida há coisas boas e más (ou menos boas) que eu encaro como desafios. Assim, direta ou indiretamente, enfrentamo-los e para eles devemos encontrar, rápida e eficazmente, soluções. A linha de raciocínio que, atualmente, une a nossa população é só uma: o nosso país está “virado do avesso” e as coisas estão muito mal por causa da crise. Mas será só por isso? Penso que não. O facto de vivermos esta crise resulta do estado do país, isto é, tudo está “virado do avesso”.

No caso português, há três aspetos fundamentais que suportam esta minha linha de pensamento: o primeiro, Portugal é o único país que está em crise há mais de 30 anos; o segundo, há sempre alguém que nos resolve os problemas (que não nós); e o terceiro, talvez o mais penoso, passamos a vida a queixar-nos!

É frequente ouvirmos expressões como “partiu-se”, “acabou-se”, “gastou-se” (esta é por demais!), que ilustram na perfeição a forma como o povo português se desresponsabiliza e se lamenta. “Quem é que partiu?”, “Quem é que gastou?” são questões às quais ninguém sabe (ou quer) responder. Não serão elas uma justificação para a nossa passividade perante os acontecimentos?

O ser humano é insatisfeito por natureza; aquilo que hoje mais deseja, amanhã já não quer ou vice-versa. Quando se fala em crise, fala-se em dinheiro, dificuldades económicas, sociais… Ora, sabemos que um dos maiores anseios da população é ter dinheiro! Quantas vezes se ouve dizer “Ai se eu fosse rico…”? Muitas. Porém, no meu entender, as pessoas só não o são, porque não se esforçam o suficiente para tal e é este o grande problema da sociedade portuguesa: falta de esforço tanto individual como coletivo.

No dia-a-dia, todos nós procuramos, de certa forma, as coisas erradas. Porquê? Para evitarmos problemas e não termos que pensar em alternativas ou soluções! Será uma atitude correta? Claro que não.

O negativismo atual e em Portugal, em particular, traduz a nossa falta de confiança no futuro. Quando alguém pergunta como “vamos”, respondemos “ando atrás do prejuízo” ou então “mais ou menos”.

Este é um pensamento errado e grave, bastante grave até! Porque é que, em vez de corrermos atrás do “prejuízo”, não corremos atrás do “lucro”? Temos de nos consciencializar de que, para mudarmos o nosso rumo e o rumo do nosso país, temos de agir, de fazer alguma coisa, em vez de estarmos eternamente à espera de um “empurrão”.

Neste momento a faixa etária com melhores apetências/condições para operar esta mudança é a dos jovens, são eles que devem ser os primeiros a mudar – no sentido de saírem da sua zona de conforto – mas não só! A sociedade em geral tem um papel fundamental nesta mudança. Não podemos continuar com o nosso fatalismo do “Quem tudo quer, tudo perde” ou “Começas bem, vais acabar mal”. Não é fácil, mas “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, não terá já dito isto o nosso Pessoa? E talvez neste verso esteja parte da resposta ao nosso problema. É preciso mudar a nossa mentalidade, mas também educar os mais jovens por forma a não terem medo do erro, pois é ele que nos faz crescer e evoluir ou não diríamos que “errar é humano”?

Para terminar, gostaria de partilhar uma experiência de leitura, mais precisamente de uma fábula cujo tema são os desafios. A fábula apresenta uma centena de sapos que pretendem atingir o alto de uma grande torre. Como a multidão que assistia a este evento não acreditava que os sapos conseguissem alcançar o topo, tentaram desmotivá-los com gritos e palavras pouco simpáticas. Alguns sapos começaram a cair, mas para espanto de todos, houve um que continuou e atingiu o topo. No final da prova, a curiosidade tomou conta da multidão que queria saber como é que ele tinha conseguido terminar aquele desafio tão difícil. Quando lhe foram perguntar, descobriram que ele era surdo, daí não ter ouvido as palavras de quem assistia, mas tinha um grande objetivo: realizar o sonho de atingir o topo da torre! E foi o que ele fez!

Tal como o “nosso” sapinho é tempo de lutarmos pelos nossos sonhos, por isso, não se sentem, mexam-se! Haverá sempre muita gente a dizer que não é possível, mas não desistam e sonhem alto, porque “o sonho comanda a vida”!

Lutem sempre com todas as vossas forças e ignorem “os profetas da desgraça” ou “os Velhos do Restelo”, tal como o sapo da nossa fábula.

Finalmente / Finally

(Versão portuguesa)

Olá amigos, há já alguns meses que ando a criar este blog. Está finalmente aqui. Eu vou usá-lo para partilhar alguns temas que, por alguma razão, são do meu interesse.

Quero dizer-vos que devem sentir-se à vontade para me enviarem algum email ou partilharem a vossa opinião pois é sempre importante ouvir outras vozes.

Aguardem que eu volto em breve.

Obrigado pela visita.

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(English version)

Hello guys, I have been creating my blog for the last couple of months. It’s finally here. I will use it to share with you some topics that are of my interest for some reason.

I want to say that you should feel free to send me an email or share your own opinion. Is always good to hear other voices.

I will be back.

Thanks for your visit.

Welcome